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CÉSAR PEDROSO
( BRASIL - SÃO PAULO )
Geraldo César Madureira Pedroso nasceu na cidade de Bauru (SP), em dezembro de 1957.
Publicou o livro de poemas: “Na janela do meu País” (1987).
Formou-se pela Faculdade de Letras da UFMG.
Reside em Belo Horizonte desde 1980, onde é professor de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira, revisor de textos, além de participar de várias publicações alternativas.
PEDROSO, César. Káktos urbanus. Belo Horizonte: 1998. 112 p. N. 00 425
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda
IMPRESSÕES DE MORTE I
num segundo
morro
pra vida toda
toda vida
é toda morte:
um calhamaço
de práticas
da falsa
existência
morrerei
caçando
versos
nas moscas
da sobrevivência
NÉON 2
Kactos-urbanus
de coloridas formas
nas ruas noturnas
enfeitam vazios
olhares mesclados
de cinzas amorfos.
às vezes
atropeço
na vida
às vezes
a vida
atropeça
em mim: atropevida.
Dores
Óbvias
Lembram
Anos
Rapina
ROSA HIROSHIMA
VISÃO
Nada vejo.
Enxergo!!
Jeito vesgo de ver
TATO
Áspera pele de pêssego em lata...
PALADAR
Uma pitada de conservante, corante,
acidulante, etc/anti...
OLFATO
Faro de sangria de um dia em Angra...
AUDIÇÃO
Ouço os cirros do mundo no rádio/ ativo...
ROSA-CHOQUE
Batom de agonia ardente
desenha boca de Maria.
fria ferida de vida
que maltrata no dia-a-dia.
NEON 5
eis o cactos
pisca feito pus
das entranhas alamedas
ruas
avenidas
eis o cactos
de colorido nus
lisergicamente
aloja
em cabeças
de gente
eis o cactos
confundindo
desejo/consumo
eis o cactos
pulsando
o desconsolo
dos
ardidos
& perdidos
dias
*
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Página publicada em dezembro de 2025.
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